Há bastante tempo meu parceiro Pablo Castro aventava a ideia de criar
uma série de análises - agudas e holísticas, mas não herméticas ou
pesadas - de canções de lavra recente, especialmente aquelas compostas
por cantautores nossos contemporâne@s da cena mineira que por 'n' razões
- que poderão até vir a ser debatidas por aqui - permanecem ainda
alheias dos ouvidos de uma parte substancial do público, certamente sem
merecer tal destino. Convencionou denominar esse enorme estoque
da produção criativa apartada das ondas mais pujantes dos meios
massivos de "eldorado subterrâneo da canção". Considerando tal
iniciativa mais que urgente e necessária, além de reconhecer nela a
correspondência direta com minhas preocupações com o entendimento da
música popular como patrimônio cultural, já estava o blog de antenas
atentas para a primeira extração de textos trouxesse os tesouros do
subsolo às orelhas e olhos de seus leitores.
L.H. Garcia
Depois de durante algum tempo fazer resenhas e louvações aos mestres
da MPB, aos nossos pais musicais, decidi partir para um leva de pequenas
análises de canções dos nossos pares contemporâneos, principalmente os
mineiros, porque acho que é um papel importante que alguém deveria
fazer, e na falta de críticos musicais de nossa geração, nós mesmos é
que temos que pegar o boi pelo chifre.
A música brasileira sobrevive, ainda que a custa de aparelhos .
Pra mim, trata-se de uma missão de vida, algo difícil de explicar dada a dificuldade que eu mesmo tenho de seguir na carreira.
Mas não vejo outro sentido na minha vida que não seja militar por essa causa.
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Pablo Castro
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