Assisti hoje, dentro da excelente mostra de cinema nacional recente realizada no Cine Humberto Mauro, ao documentário "Estou me guardando para quando o carnaval chegar", dirigido por Marcelo Gomes [entrevista], certamente mais reconhecido por Cinema, aspirinas e urubus. A narrativa crua - mas não nua, exatamente - de Toritama, cidade de 40 mil habitantes no agreste pernambucano responsável por 20% da produção nacional de jeans, emanando da boca de seus protagonistas, ainda que pontuada por uma narração em off que vai descrevendo um retrato contrastante dessa 'china com um carnaval no meio' com aquela cidade pacata de interior de que o cineasta se lembra de ter visitado com o pai. O título, pinçado da canção de Chico que por sua vez foi trilha original para o filme de Cacá Diegues,Quando o carnaval chegar, de 1972 [aqui para ver o filme e aqui para o trecho com a canção]. O diretor também lança mão de outras citações e procedimento metanarrativos, como por exemplo interromper o fluxo da narrativa e dirigir-se ao espectador para discutir a sua própria construção, demonstrando como a alteração do som (quase todo o tempo um uso brilhante da banda sonora tomada pelo recorrente e ensurdecedor barulho de máquinas de costura e outros aparelhos usados nas facções, fabriquetas de fundo de quintal que dominam a paisagem urbana de Toritama - uma das traduções do tupi poderia ser "terra da felicidade"), ou do ângulo da filmagem. Não tenho um domínio do repertório de documentários brasileiros sobre a questão do trabalho, mas claro que foi inevitável uma lembrança de Ilha das flores, porém me parece que "Estou me guardando" teve o cuidado de ser menos didático, jornalístico ou panfletário, nos deixando cada vez mais atônitos ante a convicção empreendedorista da grande maioria dos moradores que narram diferentes versões do "toritaman way of life", que é sobretudo marcado pelo imediatismo total - daí o lance provocativo com o título e a canção - totalmente afinado com uma perspectiva ultraliberal. Tal realismo, sem tutela da fala dos trabalhadores autônomos que se tornaram escravos de sua própria versão agreste de meritocracia, pontuado aqui e ali com as tiradas e criatividade de um povo que faz do improviso seu modo de viver e expressar, torna "Estou me guardando" um retrato ainda mais acurado do Brasil de hoje que Bacurau. E muito menos palatável.
Espaço que visa divulgar e disponibilizar trabalhos de criação e crítica referentes à MPB e música popular, não apenas para promover o intercâmbio de gostos e opiniões, mas fundamentalmente catapultar o debate sobre o tema.
Cerejas
Silêncio
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
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21 de dezembro de 2019
5 de maio de 2019
1a. c/ a 7a.: John & Yoko: above us only sky - Só o céu por testemunha
Acabei de assistir o documentário John & Yoko: above us only sky - Só o céu por testemunha. À primeira vista, pode até parecer redundante levando-se em conta a infindável massa de material audiovisual que já foi produzida, começando pelo próprio filme Imagine que acompanhou a produção do álbum homônimo, passando por outros "making offs" e documentários de cunho biográfico que inevitavelmente abordam o mesmo assunto. Com tudo isso, a produção em pauta aqui tenta trazer novos materiais de arquivo e depoimentos que possam representar algum ganho, mesmo para os beatlemaníacos mais bem abastecidos que se encontram por aí. E, ao menos em parte, alcance esse objetivo, com entrevistas mais recentes e bom aproveitamento de uma grande massa documental que foi gerada à época. Destaque para os testemunhos de músicos como Klauss Voormann e Alan White, do ativista e escritor Tariq Ali, de Julian Lennon e de engenheiro de som, fotógrafos e outras pessoas que estavam atuando nos bastidores e entorno do processo de gravação. Considerando as produções anteriores, não me pareceu que esta traz grandes novidades sobre os aspectos criativos do ponto de vista musical mesmo.
Como historiador e principalmente, como alguém atento à produção da memória social, vou ressaltar alguns aspectos que subjazem às recorrentes retomadas de 'objetos' e 'enredos' no cenário da indústria cultural contemporânea. Um misto de falta de assunto, renitente nostalgia e racionalidade mercadológica se combinam na persistência em polir reiteradamente um mesmo diamante. Se não se resume a isso, inegavelmente a indústria cultural tem na sua lógica um apreço pela redundância, tanto na forma quanto no conteúdo. E essa engrenagem funciona até mesmo para extrair mais alguns quilates de ouro até de um trabalho que de alguma forma almeja outro registro, como era o de Lennon e Yoko.
Precisamos saber olhar para esse acúmulo, entendendo que diferentes intenções e camadas de lembranças e contextos vão se sedimentando, se acomodando ao tempo, às mudanças de quem detém direitos e meios, e ao próprio público. De fato, cabe a reflexão que o historiador Jacques LeGoff propos através do conceito de documento/monumento. Se escolhermos como fio condutor de nossa análise de "Só o céu por testemunha" a abordagem sobre a canção título, vamos ver como existe a intenção de consagrar a recente atribuição de crédito de autoria de Yoko [aqui uma matéria que explicita, inclusive, algumas razões legais por trás dessa questão]. O argumento usado no ganho de causa é repetido exaustivamente, com aparições do livro Grapefruit [aqui] e do trecho de áudio da entrevista em que John alega que não teria dado à companheira o crédito devido anteriormente. Essa querela poderia ir mais longe, e sobre ela já me posicionei, aqui vou apenas resumir que: a) inspiração não é o bastante para caracterizar crédito autoral; b) Lennon não tomou nenhuma providência legal no tempo em que deu a declaração. Não sou dos cismados que resolvem transformar Yoko Ono em vilã, e reconheço que tem seus méritos como artista, ainda que o próprio documentário sirva também para relativizá-los quanto a questão propriamente musical e mostrar bem como ela tinha um bom entendimento dos códigos que regiam a lógica dos happenings vanguardistas da virado dos anos 1960-70s. O espectador vai reparar como ela adora colocar a palavra "conceitual" no meio de tudo. O britânico canal 4, que encomendou a produção, parece querer encerrar de vez qualquer rusga com a japonesa, e faz isso tão ostensivamente que alguns depoimentos até servem a um projetinho da Yoko de fazer o mundo achar que o John foi meio boneco de ventríloquo dela.
Seria possível fazer um longo inventário das arestas aparadas ao longo do documentário, deixando evidente a intenção de tirar fora quase toda inconstância, inquietude e temperamento forte que marcam a personalidade de Lennon. Para os conhecedores da figura isso fica evidente, para a audiência que tirar daí sua primeira impressão ele parecerá bem mais manso, gentil. O exemplo mais forte deve ser a preocupação em polir sua imagem de pai no que diz respeito a Julian, mostrando cenas de brincadeira de menino, de atenção e combinando com o testemunho mais acomodado e resolvido do filho no presente, que só muito indiretamente remete à dificuldade do relacionamento dos dois, que já foi mais do que exposta em muitas outras ocasiões. É natural que Julian agora, mais maduro, queira dar à imagem de John como seu pai uma versão mais solar que sombria, e o que cabe à crítica é justamente detectar essa forma de enredo e sua consequência para a construção da memória social. O mesmo se dá quando o documentário trata da troca de farpas entre Lennon e McCartney , ilustrada na canção How do you sleep? A briga, naquele contexto intestina entre os dois parceiros, é transformada por depoimentos pinçados a dedo em uma rusga passageiras de "irmãos".
Enfim, com um pouco mais de atenção vale ver o documentário sob a ótica dessa crítica da construção social da memória, o que certamente não tira o interesse e o prazer de acompanhar a feitura do disco e mais um recorte que mostra outro ângulo do casal Lennon & Ono, cuja parceria artística merece mesmo mais alguns capítulos. Imagine, canção do século segundo a Associação Nacional dos editores musicais dos EUA, continua atual.
Como historiador e principalmente, como alguém atento à produção da memória social, vou ressaltar alguns aspectos que subjazem às recorrentes retomadas de 'objetos' e 'enredos' no cenário da indústria cultural contemporânea. Um misto de falta de assunto, renitente nostalgia e racionalidade mercadológica se combinam na persistência em polir reiteradamente um mesmo diamante. Se não se resume a isso, inegavelmente a indústria cultural tem na sua lógica um apreço pela redundância, tanto na forma quanto no conteúdo. E essa engrenagem funciona até mesmo para extrair mais alguns quilates de ouro até de um trabalho que de alguma forma almeja outro registro, como era o de Lennon e Yoko.
Precisamos saber olhar para esse acúmulo, entendendo que diferentes intenções e camadas de lembranças e contextos vão se sedimentando, se acomodando ao tempo, às mudanças de quem detém direitos e meios, e ao próprio público. De fato, cabe a reflexão que o historiador Jacques LeGoff propos através do conceito de documento/monumento. Se escolhermos como fio condutor de nossa análise de "Só o céu por testemunha" a abordagem sobre a canção título, vamos ver como existe a intenção de consagrar a recente atribuição de crédito de autoria de Yoko [aqui uma matéria que explicita, inclusive, algumas razões legais por trás dessa questão]. O argumento usado no ganho de causa é repetido exaustivamente, com aparições do livro Grapefruit [aqui] e do trecho de áudio da entrevista em que John alega que não teria dado à companheira o crédito devido anteriormente. Essa querela poderia ir mais longe, e sobre ela já me posicionei, aqui vou apenas resumir que: a) inspiração não é o bastante para caracterizar crédito autoral; b) Lennon não tomou nenhuma providência legal no tempo em que deu a declaração. Não sou dos cismados que resolvem transformar Yoko Ono em vilã, e reconheço que tem seus méritos como artista, ainda que o próprio documentário sirva também para relativizá-los quanto a questão propriamente musical e mostrar bem como ela tinha um bom entendimento dos códigos que regiam a lógica dos happenings vanguardistas da virado dos anos 1960-70s. O espectador vai reparar como ela adora colocar a palavra "conceitual" no meio de tudo. O britânico canal 4, que encomendou a produção, parece querer encerrar de vez qualquer rusga com a japonesa, e faz isso tão ostensivamente que alguns depoimentos até servem a um projetinho da Yoko de fazer o mundo achar que o John foi meio boneco de ventríloquo dela.
Seria possível fazer um longo inventário das arestas aparadas ao longo do documentário, deixando evidente a intenção de tirar fora quase toda inconstância, inquietude e temperamento forte que marcam a personalidade de Lennon. Para os conhecedores da figura isso fica evidente, para a audiência que tirar daí sua primeira impressão ele parecerá bem mais manso, gentil. O exemplo mais forte deve ser a preocupação em polir sua imagem de pai no que diz respeito a Julian, mostrando cenas de brincadeira de menino, de atenção e combinando com o testemunho mais acomodado e resolvido do filho no presente, que só muito indiretamente remete à dificuldade do relacionamento dos dois, que já foi mais do que exposta em muitas outras ocasiões. É natural que Julian agora, mais maduro, queira dar à imagem de John como seu pai uma versão mais solar que sombria, e o que cabe à crítica é justamente detectar essa forma de enredo e sua consequência para a construção da memória social. O mesmo se dá quando o documentário trata da troca de farpas entre Lennon e McCartney , ilustrada na canção How do you sleep? A briga, naquele contexto intestina entre os dois parceiros, é transformada por depoimentos pinçados a dedo em uma rusga passageiras de "irmãos".
Enfim, com um pouco mais de atenção vale ver o documentário sob a ótica dessa crítica da construção social da memória, o que certamente não tira o interesse e o prazer de acompanhar a feitura do disco e mais um recorte que mostra outro ângulo do casal Lennon & Ono, cuja parceria artística merece mesmo mais alguns capítulos. Imagine, canção do século segundo a Associação Nacional dos editores musicais dos EUA, continua atual.
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31 de janeiro de 2018
1a. c/ 7a. A arte carnavalizada de Glauco Rodrigues
Assisti com muito interesse ao documentário "Glauco do Brasil", sobre a vida e obra do artista brasileiro Glauco Rodrigues. Permanece ainda relativamente inexplorada academicamente falando a relação entre a música popular e as artes plásticas, especialmente se excetuarmos o caso da Tropicália. Fiquei particularmente ligado no depoimento do João Bosco remontando às artes das capas de Caça à raposa, Galos de Briga e Comissão de Frente. Em sua fala ele chama atenção para a afinidade do trabalho do artista com o repertório que vinha construindo, especialmente em parceria com Aldir Blanc, a partir do conceito de carnavalização.

Achei relevante esse apontamento para contrapor essa opção estética (na música popular e nas artes visuais) ao atual posicionamento sectário que vem sendo expresso através do entendimento raso do conceito de 'apropriação cultural'. Há uma relação entre essa diferença de concepções sobre a Cultura e a conjuntura social e política em que se apresentam. Nos anos 1960-70 havia a tentativa de imaginar um país e de gestar um projeto nacional, e nesse intuito recorria-se invariavelmente a alguma forma de mescla para embasar-se. A política e o debate cultural atuais tem gravitado em torno de outras formas de construção das identidades, por vezes supra e por vezes infra nacionais. Ocorre que muitas vezes essas formas reivindicam um grau extremo de pureza e separação, distanciando-se da possibilidade de traçar destinos comuns e visões de mundo compartilhadas. Me parece urgente retomar o fio da meada da brasilidade a partir das propostas estéticas e política desenhadas a partir do reconhecimento da hibridação cultural como nosso traço distintivo.
Achei relevante esse apontamento para contrapor essa opção estética (na música popular e nas artes visuais) ao atual posicionamento sectário que vem sendo expresso através do entendimento raso do conceito de 'apropriação cultural'. Há uma relação entre essa diferença de concepções sobre a Cultura e a conjuntura social e política em que se apresentam. Nos anos 1960-70 havia a tentativa de imaginar um país e de gestar um projeto nacional, e nesse intuito recorria-se invariavelmente a alguma forma de mescla para embasar-se. A política e o debate cultural atuais tem gravitado em torno de outras formas de construção das identidades, por vezes supra e por vezes infra nacionais. Ocorre que muitas vezes essas formas reivindicam um grau extremo de pureza e separação, distanciando-se da possibilidade de traçar destinos comuns e visões de mundo compartilhadas. Me parece urgente retomar o fio da meada da brasilidade a partir das propostas estéticas e política desenhadas a partir do reconhecimento da hibridação cultural como nosso traço distintivo.
Da apresentação oficial no You Tube:
"Glauco do Brasil é um documentário de 90 minutos, que retrata a vida e a obra do pintor Glauco Rodrigues. Gaúcho de Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil, Glauco é considerado por teóricos, críticos e artistas nacionais e internacionais um dos principais pintores da Pop Art na América Latina. A trajetória de Glauco Rodrigues é retratada através de uma série de entrevistas, depoimentos, imagens de arquivo e captação de novas imagens dos cenários no qual Glauco Rodrigues vivenciou e se inspirou. O documentário possui entrevistas com artistas e intelectuais como: Nicolas Bourriaud, Ferreira Gullar, Gilberto Chateaubriand, João Bosco, Luis Fernando Veríssimo, Camilla Amado, Frederico Morais, entre outros."
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21 de maio de 2017
Luiz Henrique Rosa, um xará com muito balanço

Por fim, separei essa faixa aqui que me pegou de jeito, Jandira, de seu último LP gravado em 1975, significativamente denominado Mestiço. Sonzaço!
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9 de abril de 2017
Os Beatles - apreciação e análise por Howard Goodall
Esse documentário é simplesmente genial, uma combinação perfeita de didática com argúcia, clareza e profundidade. Vira e mexe os detentores dos direitos das músicas dos Beatles dão um jeito de retirá-lo do You Tube. Então vou aproveitar a maré de sorte e publicar logo. Pena não ter a legenda em inglês, mas com um pouco de paciência quem tem alguma noção consegue entender. E também é perfeitamente compreensível para quem não tem formação acadêmica em música.Na realidade, a gente aprende um bocado sobre esses aspectos musicais, que Howard Goodall consegue comunicar muito bem.
*Para todos os fins, informo que esse blog tem finalidade cultural, educacional e acadêmica, e compartilha conteúdo que considera devidamente de acordo com a legislação do direito autoral, sem nenhuma intenção de aferir remuneração por sua difusão. O conteúdo será retirado imediatamente se seus proprietários assim o desejarem.
12 de janeiro de 2016
1a. c/ a 7a. Mistérios do samba
Uma sinopse:
"Na ocasião do trabalho de pesquisa de campo realizado por Marisa Monte nos idos de 1998 junto aos sambistas da Portela no bairro de Oswaldo Cruz, zona norte do Rio de Janeiro (RJ), para o repertório de seu CD "Tudo Azul", a cantora percebeu que algo mais estava ali, naquele lugar, além dos cancioneiros inéditos os quais pretendia resgatar. Assim, ela chamou os diretores Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor para registrarem esses encontros, com a intenção futura de gerar um filme que retratasse não apenas os bastidores de sua empreitada musical, mas algo muito mais precioso." (do canal youtube anderson inspiração)
Enquanto eu navegava procurando o vídeo, acabei lembrando do documentário sobre Paulinho da Viola que resenhei aqui, e vale muito assistir.
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6 de janeiro de 2016
A gestação de Roxanne
Um dos assuntos mais fascinantes quando se trata da canção popular é o que podemos chamar de sua gestação, o tempo que leva desde sua composição inicial, esboços, até que finalmente ganhe a forma com que vem a público. Embora isso possa se dar de diversas maneiras, aquela que se tornou mais emblemática com o estabelecimento da indústria fonográfica foi a gravação. Não confundamos aqui a composição pronta e a primeira gravação comercial, definitivamente não são a mesma coisa. Mas, provavelmente, para boa parte da música popular produzida no contexto da fonografia (concentrado portanto no século XX), será a gravação que ficará reconhecida socialmente como registro mestre de uma determinada canção.
Revela-se seu estado fetal, portanto, a quem tem acesso à gravações prévias, rascunhos, ou até mesmo depoimentos dos compositores, num vislumbre de uma espécie de ultrassom. Mas com uma diferença: já sabemos de antemão que forma a criatura irá tomar. Como pesquisador de música popular teria que escrever outro texto para falar das inúmeras possibilidades de investigação que tal acesso permite. Posso dizer que tive a oportunidade de explorá-las a fundo no artigo que publiquei na Revista Estudos Históricos sobre Penny Lane e Strawberry Fields Forever [aqui]. Como compositor, trata-se de inesgotável fonte de aprendizado e inspiração. Às vezes tudo que uma canção precisa para tomar a forma devida pode estar numa mudança de andamento, ou simplesmente no entendimento do gênero musical em que a canção deve se acomodar [e por isso provavelmente uma das formas mais corriqueiras de se fazer versões seja justamente alterando seu gênero]. Como apreciador, posso dizer que ouvir os ecos do passado de uma canção, digamos assim, pode ser particularmente emocionante.
Toda essa conversa começou quando revi o trecho do documentário Can't Stand Losing You (ficha completa), essencialmente baseado no depoimento do guitarrista Andy Summers sobre a história da banda The Police, que integrou juntamente com Stewart Copeland e Sting. Aqui Andy rememora a criação de uma das mais emblemáticas canções gravadas pelo grupo, Roxanne, que nasceu, como ele relata, como uma canção de ninar para o bebê que sua esposa esperava, esboçada por Sting ao violão na forma de uma bossa. A mudança para a batida do reggae veio, segundo Andy, do fato de que ante "a intensidade da cena punk, dar uma de brasileiros seria suicídio". Quem sabe no futuro isso venha a render um artigo, mas por agora limito-me a saborear, mais uma vez, esses chutinhos na barriga de uma canção neném pra lá de interessante.
Toda essa conversa começou quando revi o trecho do documentário Can't Stand Losing You (ficha completa), essencialmente baseado no depoimento do guitarrista Andy Summers sobre a história da banda The Police, que integrou juntamente com Stewart Copeland e Sting. Aqui Andy rememora a criação de uma das mais emblemáticas canções gravadas pelo grupo, Roxanne, que nasceu, como ele relata, como uma canção de ninar para o bebê que sua esposa esperava, esboçada por Sting ao violão na forma de uma bossa. A mudança para a batida do reggae veio, segundo Andy, do fato de que ante "a intensidade da cena punk, dar uma de brasileiros seria suicídio". Quem sabe no futuro isso venha a render um artigo, mas por agora limito-me a saborear, mais uma vez, esses chutinhos na barriga de uma canção neném pra lá de interessante.
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30 de dezembro de 2015
1a c/ a 7a - What Happened, Miss Simone?
Faz tempo que assisti ao trailer e quero ver o documentário What Happened, Miss Simone? Mas enquanto isso não acontece, meu caro amigo Alberto Júnior cedeu essa excelente resenha que compartilho com os leitores do Massa Crítica Música Popular:
"O que aconteceu, senhorita Simone?" Por Alberto Júnior
"A primeira cena do filme é a imagem da cantora confusa no palco, perdida em si mesma, tentando restabelecer o equilíbrio entre o piano e o ajuste do microfone. Pausa de minutos. Ela ali, cumprindo a obrigação do entretenimento, reflexiva em compreender se estava ali por uma função social ou uma ação maior, o da arte, e irritava-se quando alguém da plateia se distraía ou distraía a ela, reagindo com voz de autoridade – sente-se, dizia - preocupada em estabelecer uma questão básica quando se trata de música: o estado contemplativo da audição.
O filme continua a trajetória de vida da cantora, da infância até o fim da carreira. Ser a primeira pianista negra na história dos Estados Unidos foi a primeira obstinação imposta a ela aos 4 anos de idade. Disciplina militar e branca. Em troca, perdeu a juventude. E quando rapidamente mostrou talento necessário para dar prosseguimento ao seu destino veio a primeira frustração: o racismo a negou o direito de estudar na melhor escola de música. Violência simbólica.
Para sobreviver, colocou para fora seu canto. Não era esse o plano. A meta era ser pianista clássica. Passou a ser paga como cantora de jazz. Das melhores. E seu canto se revelou original, bem diferente das outras cantoras negras. A imagem também.
Em todas as fotografias e vídeos que compõem a montagem do documentário, não vemos em momento algum a cantora com cabelos alisados. A imagem é de altivez. Sua moda revelava a elegância africana, com turbantes. O corpo, pelo rigor dos estudos de piano, tinha a postura clássica, pescoço alongado, corpo longilíneo. E o mais forte e característico, uma assinatura visual: o olhar incisivo. Silencioso e incisivo. Assertivo.
Ela casa e tem filhos. O marido torna-se seu empresário, para depois fazê-la sua escrava. Escrava de uma produção musical para alimentar a ganância e ambição pelo dinheiro. Incentiva o sucesso como justificativa para trabalhar mais. Os dois ficam ricos. Compram casas com vários quartos para apenas os dois morarem. A síndrome da servidão ali presente. Ele a estupra. Ela gosta. Associa a violência sexual a um prazer sádico. Ela diz que o ama e reconhece que sem ele estaria perdida na administração da própria carreira. Violência física e material.
Veio a fúria. A vontade de esporrar e de conquistar liberdade. Os negros que adquiriam conhecimento e organização política em busca de direitos civis também. Conviveu com os principais nomes da luta contra o racismo. Sua música adquiriu a mesma violência. Atabaques e guitarras se aliaram ao som do piano que as mãos velozes, grandes e agressivas da pianista executavam.
Ela aprendeu com a violência o que seria a noção de liberdade. Largou tudo e foi para a Libéria, sua ‘casa ancestral’. Não conseguiu reconstruir os cacos de sua identidade fragmentada e destruída pela violência. Passou a bater na filha. Mudou de lugar novamente. Por optar pela música de protesto, perdeu trabalho e parte do público de massa. Perdeu dinheiro e prestígio.
Ainda assim, ela deixou uma obra visceral. O filme encerra o drama da trajetória de vida conturbada da cantora com um diagnóstico médico de “comportamento bipolar”. Reduziu a complexidade do que é a violência simbólica na vida de uma pessoa, sensível a arte e aos problemas humanos.
A primeira vez que ouvi a voz da cantora foi por um disco de coletânea comprado nas Lojas Americanas (!!!). O objetivo era conhecer melhor quem eram as cantoras consideradas grandes divas do jazz. Só lembro de ter elegido uma de suas gravações como uma das minhas músicas para ouvir em dias tristes: “For All We Know”.
Filme para mim é psicanálise. Mas gostaria que não fosse só comigo e atingisse a muitos amigos e a minha própria família. Se um dia puderem compreender a mensagem. E a mensagem é: não violentem a liberdade de quem você ama.
Fim."
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Nina Simone
10 de outubro de 2015
1a. c/ a 7a. - O Clube na tela, a tela no Clube
Para subsidiar uma pesquisa em andamento resolvi fazer essa compilação de referências audiovisuais associadas ao Clube da Esquina. Trata-se de um primeiro esforço sem pretensão de esgotar a listagem. Optei por não incluir shows, o que implicaria uma outra pesquisa e talvez uma lista separada. Preocupei-me mais em explorar a diversidade de opções, e simultaneamente a disponibilidade do acesso. Para não deixar a postagem pesada optei por colocar, em alguns casos, apenas os links. Fica também, como sempre, o convite aos leitores para que contribuam com comentários e indicações. Compilo ainda alguns trechos de meus escritos acadêmicos relacionados ao tema, como forma de adensar um pouco esse trabalho de seleção.
Envolvimento com o cinema
O cineclubismo em Belo Horizonte foi um belo exemplo, e não podemos esquecer que o CEC(Centro de Estudos Cinematográficos) seria não só ponto importante para a formação estética do letrista Márcio Borges, como também um dos nós na rede de intercâmbios pessoais dos membros do Clube.(...)As fronteiras e distâncias começavam a ser definitivamente superadas pela tecnologia da comunicação de massa. Não surpreende que a juventude encontrasse no cinema e na música popular os melhores canais de divulgação de sua identidade e expressão de seus anseios:
“Parecia, por exemplo, que a nouvelle-vague era um fenômeno que acontecia ali todos os sábados, no auditório do CEC, e os estudantes de Nanterre, França, eram os mesmíssimos da Faculdade de Filosofia ali no bairro Santo Antônio, ou os de Berkeley, EUA.” (BORGES, 1996, p.111)
A obra do Clube da Esquina (e em toda aquela geração de compositores da MPB), de várias maneiras, mostra como as fronteiras artísticas tradicionais tinham sido rompidas. Nunca é demais lembrar que o cinema estava no próprio germe do Clube da Esquina. Depois das três sessões de Jules et Jim, de Truffaut, quando Márcio Borges e Milton Nascimento iniciaram sua parceria, incitados pelo filme a dar vazão a sua criatividade. Márcio era cinéfilo, cineasta amador e freqüentador do Centro de Estudos Cinematográficos Posteriormente, Milton desenvolveu uma frutífera parceria com o cineasta Ruy Guerra, que também se tornou seu parceiro e utilizou as músicas como trilhas de seus filmes: Canto Latino, A Chamada, Bodas, Cadê entre outras. Tavinho Moura foi outro que muitas vezes participou da elaboração de trilhas cinematográficas, ganhando vários prêmios.
Jules e Jim (1962). F. Truffaut. [link do trailer]
Contos da Lua Vaga (1953). filme de Kenji Mizoguchi. [link]
Os deuses e os mortos (1970). Direção de Ruy Guerra, trilha de Milton Nascimento.
A queda (1976). Direção de Ruy Guerra, trilha de Milton Nascimento. [postagem completa, aqui] . "E daí? (A queda)", música de Milton Nascimento para letra (!) de Ruy Guerra. Daí a vontade de postar sobre, inclusive pq a gravação que surge no início e ao final do filme é diferente daquela do álbum Clube da Esquina 2.
Jango (1984). [trilha Wagner Tiso, aqui]
Fitzcarraldo (1982). [atuação de Milton Nascimento, aqui]
Cabaré Mineiro [trilha de Tavinho Moura, aqui].
“Diante do possível ‘devoro-te’, da máquina comercial de agora, a postura irreverente do decifrado Mílton pode preparar um hábil gesto de defesa. Conquistado o sucesso de público, ele pretende seguir um velho plano de dedicar-se à carreira de ator de cinema e compositor de trilhas sonoras. Talvez o aparecimento de uma nova esfinge.” MORAES, Renato de. “A voz da esfinge”. Veja. São Paulo: Abril, 3/05/1972, p.56.
Dona Olímpia, personagem popular de Ouro Preto, inspirou a belíssima canção homônima de Toninho Horta e Ronaldo Bastos. Descobri por andanças digitais esse trecho de um curta sobre ela, cuja trilha é assinada pelo Toninho, que em sua gravação de 1979 inseriu justamente o áudio do documentário no início da faixa. link para a postagem [aqui]
Registros audiovisuais do Clube
Em programas de televisão
E a perplexidade de Jaguar, ao ver o pessoal do Som Imaginário “(...)num embalo de sambão que me pegou de surpresa(...)” ? “Show Gal Costa e Som Imaginário”. O Pasquim, n º 83, 4-10/02/1971, p.15. Postagem com o programa da TV Tupi incorporado, [aqui]
A jornalista Leda Nagle entrevista o cantor e compositor Milton Nascimento, em 17/01/1987, no Jornal Hoje da Rede Globo. [link]
Milton Nascimento at Japanese TV program "Live under the Sky 1991. E toca Milagre dos Peixes com H.Hancock, W. Shorter, Stanley Clarke e Robertinho Silva. [link]
O som do vinil. Clube da Esquina (disco). Edição: André Markwald; Direção: David Burger; Produção: Bravo; Pesquisa e apresentação: Charles Gavin [aqui]
O som do vinil. Som Imaginário. A matança do porco (disco). [aqui]
Trechos do programa MPB Especial com Milton Nascimento no quadro Arquivo do Radiola na TV Cultura [aqui]
Matéria sobre 30 anos do show na fazenda Paraíso, perto de Três Pontas. [link] [parte 2]
Milton Nascimento Ensaio Tv Cultura 2009 [link]
A jornalista Leda Nagle entrevista o cantor e compositor Milton Nascimento, em 17/01/1987, no Jornal Hoje da Rede Globo. [link]
Milton Nascimento at Japanese TV program "Live under the Sky 1991. E toca Milagre dos Peixes com H.Hancock, W. Shorter, Stanley Clarke e Robertinho Silva. [link]
O som do vinil. Clube da Esquina (disco). Edição: André Markwald; Direção: David Burger; Produção: Bravo; Pesquisa e apresentação: Charles Gavin [aqui]
O som do vinil. Som Imaginário. A matança do porco (disco). [aqui]
Trechos do programa MPB Especial com Milton Nascimento no quadro Arquivo do Radiola na TV Cultura [aqui]
Matéria sobre 30 anos do show na fazenda Paraíso, perto de Três Pontas. [link] [parte 2]
Milton Nascimento Ensaio Tv Cultura 2009 [link]
Wagner Tiso entrevistando Beto Guedes na extinta TV Manchete. A pergunta é sobre a preferência em relação a tocar em estúdio ou no palco. E na sequência Beto apresenta uma das pérolas de seu repertório (parceria com Ronaldo Bastos), "Amor de índio".link para a postagem, [aqui]
Making of DVD "Intimidade Lô Borges" [link]
Depoimentos ao Museu Clube da Esquina [encadeados] [link]
Vídeos musicais:
LUMIAR-BETO GUEDES-VIDEO ORIGINAL-ANO 1977 .[link]
Som Imaginário - A Nova Estrela (1971) [link]
*[Retificação e reparo: Penitencio-me aqui publicamente por ter deixado de informar uma série de informações relevantes e precisas sobre o material que segue, disponível no site http://www.guesaaudiovisual.com , o que faço atendendo a justa cobrança encaminhada pelo próprio realizador Sérvulo Siqueira]
Documentário Cantos do Paraíso, em sua 5a. versão, finalizada em 2008 com uma nova equipe de pós-produção:
Cantos do Paraíso
Produção e Realização - Sérvulo Siqueira
Produção Executiva - Helena Falcão
Tratamento de áudio - Bruno Tavares
Correção de cor - Brauner Machado
Edição Final - Dio Oliveira
Teatro Municipal de São Paulo: Música ambiente do ensaio do show Milagre dos Peixes ao vivo [link]
Anfiteatro da USP: Ao que vai nascer - Milton Nascimento e Fernando Brant [link]
Duração: 54
Destaca-se ainda a participação de Nivaldo Ornelas, importante compositor e instrumentista que naquele momento compunha a formação do Som Imaginário.
Texto com ficha técnica [link]
Há também quatro clipes que pertencem ao documentário Milagre dos Peixes [aqui]
Documentários
A sede do Peixe. Documentário cinematográfico dirigido por Lula Buarque de Holanda e Carolina Jabor: , Rio de Janeiro: Conspiração Filmes, 70 min., 1998. [link]
A sede do Peixe. Documentário cinematográfico dirigido por Lula Buarque de Holanda e Carolina Jabor: , Rio de Janeiro: Conspiração Filmes, 70 min., 1998. [link]
Mil sons geniais. Paulo Vilara. 2004. 55 min. [link]
"Sobre Amigos e Canções" [link] que conta a história do movimento musical mineiro Clube da Esquina. Produzido como trabalho final do curso de Jornalismo da PUC-SP, o filme superou expectativas e foi exibido na TV Cultura e em diversos festivais e mostras. As diretoras entrevistaram e acompanharam, durante todo um ano, músicos como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta e outros. Além das histórias contadas pelos protagonistas do movimento, o documentário é recheado com um material de pesquisa rico em imagens históricas. Direção e Roteiro: Bel Mercês e Leticia Gimenez; Edição: Thais Cortez; Apoio: TV PUC / TV Cultura
Milton Nascimento = Documentário sobre o Clube da Esquina = De Minas Mundo [parte 1] [parte 2]
"Sobre Amigos e Canções" [link] que conta a história do movimento musical mineiro Clube da Esquina. Produzido como trabalho final do curso de Jornalismo da PUC-SP, o filme superou expectativas e foi exibido na TV Cultura e em diversos festivais e mostras. As diretoras entrevistaram e acompanharam, durante todo um ano, músicos como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta e outros. Além das histórias contadas pelos protagonistas do movimento, o documentário é recheado com um material de pesquisa rico em imagens históricas. Direção e Roteiro: Bel Mercês e Leticia Gimenez; Edição: Thais Cortez; Apoio: TV PUC / TV Cultura
Milton Nascimento = Documentário sobre o Clube da Esquina = De Minas Mundo [parte 1] [parte 2]
Violões de Minas . Documentário sobre o violão em Minas Gerais. Participação de Toninho Horta, Juarez Moreira, Gilvan de Oliveira, Chiquito Braga, José Lucena, Aliéksey Vianna, entre outros. [link]
Violão Ibérico: Toninho Horta fala sobre seu estilo e as influências [link]; Toninho Horta toca Meu canário vizinho azul [link]. Toninho Horta conta como faz para "ampliar o som do violão" [link] Toninho é um dos personagens de destaque do livro Violão Ibérico, do jornalista espanhol Carlos Galilea, sobre a trajetória de nosso instrumento mais popular e democrático. Entrevista Milton Nascimento sobre violão Txai [link]
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