Essa música do Edu é super 'modal', num terreno que não é tão distante do rock, uma presença de um ostinato grave, o ritmo corrido, esses acordes menores com nona e décima primeira. Agora, a curtição do vídeo é a discussão sobre fazer ao vivo ou dublado ! Muito bom o Tom meio bêbado e teimoso... depois dá uma cantada .... aliás, duas ! (palhinha do meu parceiro Pablo Castro)Observar o ambiente do estúdio, a interação, as categorias empregadas pelos músicos e o emprego dos recursos técnicos.
Espaço que visa divulgar e disponibilizar trabalhos de criação e crítica referentes à MPB e música popular, não apenas para promover o intercâmbio de gostos e opiniões, mas fundamentalmente catapultar o debate sobre o tema.
Cerejas
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
19 de agosto de 2011
Ambiente de estúdio
18 de agosto de 2011
Música popular e colecionismo II
Primeiras leituras, em torno do conceito de música popular e sua aplicação no contexto histórico brasileiro:NAPOLITANO, Marcos. História e Música. Belo Horizonte:Autêntica, 2002. (cap.1)MORELLI, Rita C.L. Indústria fonográfica: um estudo antropológico. Campinas: Unicamp, 1991. (cap.1)SANDRONI, C. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Zahar, 2001. (final da part 1 e início da parte2)Para comentar:“A música popular nasceu bastarda e rejeitada por todos os campos que lhe emprestaram seus elementos formais (...)” (NAPOLITANO, 2002: 15)
Música popular e colecionismo I
Agora, ainda dentro desse espírito, decidi utilizá-lo de forma integrada à disciplina optativa Música popular e colecionismo, que estou ofertando nesse semestre na ECI/UFMG. A intenção é que seja um canal complementar para os alunos que estão participando, mas que também promova a interação deles com os outros visitantes aqui do blog. Vamos ver no que dá.
O programa:
Unidade I O conceito de música popular: trânsitos culturais, gêneros impuros; Indústria fonográfica e meios massivos: técnica, mercado e cultura; Música popular enquanto documento em diversos suportes e formatos: da partitura ao disco de vinil, do videoclip ao digital. |
Unidade II Reflexões teóricas sobre coleções e colecionismo; As coleções privadas e públicas: discotecas, arquivos fonográficos, museus de imagem e som, blogs e sítios eletrônicos. |
Unidade III Música popular: cultura, consumo e identidade através do colecionismo. |