Por Pablo Castro
Ouvindo aqui dois discos de Rafas diferentes, ambos pertencentes ao nosso idílico Eldorado Subterrâneo da música autoral mineira.
Ouvindo aqui dois discos de Rafas diferentes, ambos pertencentes ao nosso idílico Eldorado Subterrâneo da música autoral mineira.
Já o Raphael Sales , em seu disco de estréia, faz com muita inspiração uma música modal, quase "étnica", mas muito inteligente, melodias muito apuradas, uma canção muito pertinente, que ao trazer calor no coração não doura a pílula desse mundo injusto em que vivemos. Algumas canções são baseadas nos elementos astrológicos : água, vento, fogo e terra. A produção de Rafael Dutra ( outro Rafa ) faz jus ao caráter telúrico do cantor e compositor. De destaque também o timbre muito bonito do artista, e sua capacidade rítmica altamente elaborada e engenhosa ao violão. Rapha Sales já chega completo : faz letra e música muito bem, canta bonito, e está buscando o original, o autêntico, o verdadeiro.
É ouvindo discos assim de nossos pares que nos convencemos que o financiamento à Cultura tinha que parar de focar em EVENTOS e passar a focar em OBRAS. Esses discos tinham que tocar o tempo inteiro na Incondifdência e ser celebrados.