Quem pesquisa música popular brasileira tem que passar, obrigatoriamente, por José Ramos Tinhorão... polêmicas à parte, ou não, era o maioral. Todos temos uma dívida com ele. Inegável seu
impacto, no que erra e no que acerta. Sua contundência me
agrada, mesmo quando discordo dele, porque não é mera performance, é
embasada em sua pesquisa e visão de mundo [só a título de exemplo, sua crítica sobre o show Opinião]. Reconhecer isso não
significa evitar dizer que é preciso reparo e revisão de coisas que ele
fala. É necessário, inclusive para honrá-lo, fazer isso, desde que de
modo consequente e sustentado.
Um pequeno caso
curioso, eu num concurso desses da vida, acho que o que fiz pra uma vaga
na UFU, acho que sortearam um ponto sobre historiografia, me deu na
veneta fazer uma aula sobre historiografia da música popular brasileira,
e tinha o Tinhorão entre os principais autores analisados. Eu
certamente escolhi o tema para a banca errada kkkkk, mas saí da prova de
didática convicto de ter dado uma baita aula rsrsrsrs. Depois dessa
aprendi uma lição sobre escolhas de temas para aulas de concurso kkkkk.
Que bom que há muitos livros e outros registros do conhecimento reunido pelo Tinhorão. Dá pra sacar o estilo com essa palestra proferida por ele e registrada pelo MIS-RJ em junho de 1973.
Que bom que há muitos livros e outros registros do conhecimento reunido pelo Tinhorão. Dá pra sacar o estilo com essa palestra proferida por ele e registrada pelo MIS-RJ em junho de 1973.
Que saibamos fazer jus, mesmo que seja para contradizê-lo. Uma pena que o acervo dele foi parar no IMS - por mais que esteja bem cuidado lá - deveria estar num Museu da Imagem e do Som público - por mais que estejamos testemunhando os efeitos nefastos da negligência calculada sobre nosso patrimônio cultural no momento. O Brazil não merece o Brasil... façamos por onde merecer.
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