Dessa vez vou me permitir uma exceção aqui no blog. É uma postagem totalmente pessoal, diferente do tom que domina os textos que venho postando. Mas merece. Foi mesmo uma noite mágica. Além do Paul, do show, do céu perfeito, da noite maravilhosa e amarela, do Morumbi cantando em uníssono algumas das canções mais bem acabadas da música popular mundial, de encontros esperados e inesperados com amigos. De dividir tudo isso com meu filho. Nem vou ficar escrevendo...
Bem, lembrei da interatividade...depois da 1a. não fiz outra. Então é o seguinte:
Qual canção do Paul foi citada nesta breve postagem? A qual disco pertence?
Quem acertar ganha uma imagem "exclusiva" do show do dia 21. Divirtam-se!
Espaço que visa divulgar e disponibilizar trabalhos de criação e crítica referentes à MPB e música popular, não apenas para promover o intercâmbio de gostos e opiniões, mas fundamentalmente catapultar o debate sobre o tema.
Cerejas
Silêncio
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
Essa você me pegou. Não consegui sacar.
ResponderExcluirCustei mas achei!
ResponderExcluirA música é "When the nigth", citada na passagem "noite maravilhosa e amarela". Ela está no disco "Gold Ballads", de 2008.
É, a música é "When the night", só que originalmente está no disco Red Rose Speedway, de 1973. Curiosamente este é um dos poucos do Paul que não tenho em vinil.
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