Confesso que sou um cara muito ligado nessa coisa de títulos. Título de canção, de capítulo, de artigo, de exposição. Acho ótimo isso de botar títulos. Tem hora que tem que sair logo, senão tudo que vem depois fica agarrado, não sai de jeito nenhum. Outras vezes, o bom é deixar pro final, quando tudo já está no jeito, e o título é o arremate, o xeque-mate. Tem hora que é um suspense...será que ele aparece? Será que vai agradar? Que vai pegar? Quando trabalhava no museu sentia esse frio na espinha, porque quando envolve muita gente é mais difícil o título vingar. Aí o negócio era pedir ajuda pra quem sabe, buscar inspiração na fonte inesgotável da música brasileira. Assim saíram "De outras terras, de outro mar" (sobre imigrantes estrangeiros em BH), "Como se fosse sólido..." (sobre a política de patrimônio na cidade) e a última, “Em Volta Dessas Mesas, Uma Cidade - Bares Como Lugares na História de Belo Horizonte”. Agora, a ideia de escrever esse texto hoje começou com um título que sempre me alucinou: Strawberry Fields Forever. De tão bom, foi apropriado por aqui por Gil - Chuckberry Fields Forever - e Caetano - Sugarcane Fields Forever. Segue um pequeno trecho de uma entrevista de John Lennon falando de sua canção, que citei num artigo que está sendo avaliado para publicação:
COTT, Jonathan. John Lennon – entrevista. Rolling Stone Magazine , 23/11/1968.“(...) É um nome, um ótimo nome (...) estávamos tentando escrever sobre Liverpool e eu simplesmente listei todos os nomes que soavam bem (...) era um lugar perto de casa em que funcionava um lar do Exército da Salvação. (...) tenho visões de Strawberry Fields (...) é qualquer lugar aonde você queira ir”
Em tempo, escrevi um artigo sobre os Beatles como citadinos, logo vai sair e postarei o link aqui.
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