Meio sem tempo no feriado, meio que a trabalho mas por prazer, sentei para fazer uma breve postagem em homenagem à nata da .... ôpa .... aos trabalhadores (não vou me dar ao trabalho de deslindar esse conceito, fica ao gosto do leitor), nessa data carregada de significado e história. A história dos trabalhadores e a história da música popular se entretece de tantas formas que essa postagem curtinha ficaria fadada ao fracasso se tentasse explorar o assunto em detalhe. Senti o ferrinho cutucando, comecei a correr às estantes. Trabalho de pesquisa querendo se insinuar, nesse tempo de interrupção da labuta. Um trabalho que é outro, que fica noutro lugar. E agora? Já estão aqui "comigo", Michellet Perrot, E.P. Thompson, Jacques Rancière ... abro A noite dos proletários (que livro foda!), o 1° capítulo é "A porta do inferno" e lê-se a citação do operário-serralheiro-escritor Jérôme-Pierre Gilland:
"Você me pergunta como vai minha vida; como sempre. Choro no momento devido a uma dolorosa reflexão sobre mim mesmo. Permita-me esse movimento de vaidade pueril; parece que não tenho vocação para ficar martelando o ferro." [A colméia popular, set. 1841]
Vem à minha mente essa frente incrível de Pessoas extraordinárias (nos lembra o mestre Hobsbawm) que movem o mundo, e por ele também são movidas. O que se celebra no 1° de Maio? Talvez um tempo que não seja o de vender o corpo e a mente em troca da sobrevivência, e a possibilidade humana de fazê-lo existir. Penso nisso enquanto escuto essa canção, inaugural parceria desse que é certamente um dos Grandes Encontros da Música Popular Brasileira, entre Chico Buarque e Milton Nascimento, gravada por Simone no álbum 'Face a Face' de 1977 (depois lançada em compacto simples pelos parceiros, junto com a 2a. cria, Cio da Terra) e aqui apresentada por ela no show homônimo na Sala 'Corpo e Som' do 'Museu de Arte Moderna' (MAM), Rio de Janeiro.
Em seguida a versão cantada com Chico no 1º show Primeiro de Maio no Riocentro, em 1979
Primeiro de maio
Milton Nascimento - Chico Buarque/1977
Hoje a cidade está parada
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas
Quando a sirene não apita
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é o seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu
Hoje eles hão de consagrar
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhas do seu ventre
O homem de amanhã
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas
Quando a sirene não apita
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é o seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu
Hoje eles hão de consagrar
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhas do seu ventre
O homem de amanhã
Com Chico e Milton, a versão do compacto:
Tá muito massa, mas acho que seria interessante uma visão mais ampla que pudesse explorar estes conceitos... este com certeza é um tema válido de pesquisa!!! vou ficar atento pra poder conferir a continuação deste post!!
ResponderExcluir...traigo
ResponderExcluirecos
de
la
tarde
callada
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
COMPARTIENDO ILUSION
LUIZ
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...
ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE THE ARTIST, TITANIC SIÉNTEME DE CRIADAS Y SEÑORAS, FLOR DE PASCUA ENEMIGOS PUBLICOS HÁLITO DESAYUNO CON DIAMANTES TIFÓN PULP FICTION, ESTALLIDO MAMMA MIA,JEAN EYRE , TOQUE DE CANELA, STAR WARS,
José
Ramón...
Gracias, José Ramón.
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