Na última quinta fui ao show de estreia de As Cores do Clube, grupo que reúne diferentes gerações de músicos associados ao Clube da Esquina pelo sangue, pelo suor e pelo som, capitaneados com toda a autoridade e brilhantismo por Toninho Horta. Fiquei esses dias todos pensando em escrever resenha, em comentar, em recordar. Acho que não farei nada disso. Muitas das coisas que passaram pela minha cabeça não querem tomar a forma de palavras. Acho que, essencialmente, por uma coisa que eu disse ao final do espetáculo, que me sentia ali, pela primeira vez em muito tempo, na "mera" condição de espectador. Deixei de lado as pesquisas, deixei de lado a porção crítico, a porção historiador, a porção compositor. Estava ali somente de Luiz, ouvindo, vendo, curtindo. Vou simplesmente sair escrevendo e ver no que dá. Vendo que era estreia, que um detalhe aqui ou ali não sai como se espera. E daí? O público, de inicio meio indolente, foi entrando no ritmo e participando cada vez mais, contagiado pela energia que sobrava no palco. O clima de informalidade, de intimismo, os sorrisos, a emoção, os abraços, em momento algum põem em questão a competência dos músicos, pelo contrário, revelam sua humanidade, sua carne e seu osso. E como é bom ver que ali há pessoas e que são elas, com seus limites e talentos, que fazem o verdadeiro show. As trocas constantes de instrumentos, dos protagonismos, dos apoios, revelavam a atmosfera impregnada de musicalidade. O repertório precioso, que eu cantava a plenos pulmões uma canção atrás da outra, nos deixa com a certeza do peso da obra do Clube, em profusão generosa, sem economia. E ainda ficaram, claro, algumas pérolas de fora, mas é bom que fica a vontade de ouvi-las numa próxima apresentação. Vou me permitir não comentar detalhadamente pra não deixar a desejar, não deixar de fora um ou outro momento, nem nada nem ninguém. Vou também apelar para o clichê sem nenhuma cerimônia, e comparar o grupo com aquele time de futebol bem equilibrado e entrosado, que mistura craques experientes com a juventude da base, fórmula que ganha campeonato. É por aí. Depois se calhar de escrever mais, de fazer resenha, farei. Quem quiser deixar suas impressões, recordações, opiniões, deixe que será de grande valia. Por agora fica a sensação - sinestésica - de que as cores do clube pintaram muito bem.
Sonho Real (Lô Borges & Ronaldo Bastos)
Foto de divulgação anterior ao show "De novo na esquina os homens estão.." Sobem ao palco do Teatro Bradesco no próximo dia 19: Toninho Horta, Telo Borges, Paulinho Carvalho, Beto Lopes, Rodrigo Borges, Gabriel Guedes, Ian Guedes, Tutuca Tiso. Participações especiais de Carla Villar, Bárbara Barcellos, Esdra Nenem e Nelson Angelo.
Sonho Real (Lô Borges & Ronaldo Bastos)
Foto de divulgação anterior ao show "De novo na esquina os homens estão.." Sobem ao palco do Teatro Bradesco no próximo dia 19: Toninho Horta, Telo Borges, Paulinho Carvalho, Beto Lopes, Rodrigo Borges, Gabriel Guedes, Ian Guedes, Tutuca Tiso. Participações especiais de Carla Villar, Bárbara Barcellos, Esdra Nenem e Nelson Angelo.
Toda minha vida sentida a flor da pele em uma única noite!
ResponderExcluirSuper Mega Master Feliz
Que bom!
ExcluirShowzaço!!! Foi uma honra e um prazer, estar lá como apoiadora deste grande espetáculo. Espetáculo, no sentido literal da palavra.
ResponderExcluirE como fã...Ah! Como fã, faço minha, sua palavras: a emoção não quer tomar a forma das palavras.
Excesso de talento, competência e sensibilidade musical.
Quero mais!!!!
Sandra Minchilo da POP Soul
(Apoiadora pelo figurino do Show)
Cara Sandra, obrigado pela visita e que ótima iniciativa a desse apoio. Um apoio que vem acompanhado desse sentimento, dessa relação, hoje uma coisa rara num mundo em que tudo é só negócio e aparência. Valeu!
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