Espaço que visa divulgar e disponibilizar trabalhos de criação e crítica referentes à MPB e música popular, não apenas para promover o intercâmbio de gostos e opiniões, mas fundamentalmente catapultar o debate sobre o tema.
Cerejas
Silêncio
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
A Câmara Municipal está tratando de abolir os barulhos harmoniosos da cidade: os auto-falantes e as vitrolas. [...]
Gosto daqueles móveis melódicos e daquelas cornetas altíssonas. Fazem bem aos nervos. A gente anda, pelo centro, com os ouvidos cheios de algarismos, de cotações da bolsa de café, de câmbio, de duplicatas, de concordatas, de "cantatas", de negociatas e outras cousas chatas. De repente, passa pela porta aberta de uma dessas lojas sonoras e recebe em cheio, em plena trompa de Eustáquio, uma lufada sinfônica, repousante de sonho [...] E a gente pára um pouco nesse halo de encantado devaneio, nesse nimbo embalador de música, até que a altíssima farda azul marinho venha grasnar aquele horroroso "Faz favorrr, senhorrr!", que vem fazer a gente circular, que vem repor a gente na odiosa, geométrica, invariável realidade do Triângulo - isto é, da vida."
Urbano (Guilherme de Almeida), 1927.
13 de novembro de 2011
Quem é quem do rock and roll
Continuo longe do que pretendo com esse blog, mas ando conseguindo ao menos manter o ritmo de postagens numa média razoável. Devagar vou aprendendo a multiplicar meus esforços, que era justamente um dos objetivos. Assim, hoje pensei em aproveitar algumas coisas que bolei para a Optativa. Uma delas foi esse pôster, que achei numa busca de imagens pela internet. O interessante é que ele constitui ao mesmo tempo uma coleção e uma narrativa visual da história do rock and roll, segundo seu autor (não consegui determinar quem foi). Sugere também uma atividade interativa, e sendo assim convido os amigos leitores do blog a identificar as figuras e suas canções emblemáticas. No espírito do Alta fidelidade, o autor do melhor comentário poderá fazer uma lista com as suas escolhidas que transformarei numa postagem exclusiva. Avante, e vida longa ao rock and roll!
Marcadores:
coleções,
música popular,
quem é quem,
Rock and Roll
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Vamos lá, pra embalar...Beatles, minúsculos, no alto à direita, Paul (fase Wings) e John (fase NY) e nada de George ou Ringo. Abaixo Frank Zappa e David Bowie, Elvis (coroado Rei) e entre as suas pernas (sugestivo) Jim Morrison. Igualmente sugestivo os Rolling Stones do lado do Sex Pistols e a brincadeira entre AC/DC e Led Zeppelin, entre o inferno e o paraíso.
ResponderExcluir