
Depois de tudo isso ainda teria mais um tanto de história pra contar. Inclusive sobre o vídeo que nosso grande amigo comum Virgílio de Barros produziu na feira da Afonso Pena (é mister que eu diga que A feira é uma junção ficcional de "n" feiras e não foi inspirada especificamente por essa que é a mais famosa de nossa cidade, mas acabou virando um hino informal da mesma) com incansável disposição e que ficou por um tempo como algo para apreciação em nosso círculo, mas que por conta dessa iniciativa pedi que ele liberasse os direitos para o deleite dos leitores do blog.
A feira (P. Castro / L. Garcia)
Domingo de manhã, foi,
eu fui à feira procurar um agrado
para o meu amor
é, sabe cumé
E procurando eu acho
um par de brincos bem do azul que ela adora
lá no peruano
tem, eu faço fé
Tem gente que encomendou
muamba do Paraguai
migrante do interior
olha Seu Agenor
"são 3 por 1, a tia quer levar caqui?"
A sacoleira sabe que não cai
dinheiro do céu
A tarde inteira, gente se distrai,
ou passa o chapéu (vou te contar...)
Quando eu tava lá, ih,
veio menino mendigando bocado
tava sem trocado
diz que Deus dará
E também Tião, sô
já pôs na banca a cotação da laranja
"vá ver se arranja,
pede, pra anotá"
Tem moça que se aprontou
barraco que já desceu
peão come a bóia fria
ouve Dona Maria:
"é promoção" mas deixa pra comprar depois...
A sacoleira sabe que não cai
dinheiro do céu
A tarde inteira, gente se distrai,
ou passa o chapéu (vou te contar...)
E se você for, lá
vai ver Joana vender pé-de-moleque
para a gurizada
bala e picolé
Mais um bate bola,
Aparecida com sorriso levado,
descompromissado
Beto, ficou chué
Tem nêgo ficando puto
morenas do viaduto
o Zé tá guardando a vaga:
"hoje é hora paga"
"vai te catá" "não vou deixar barato, não"
A sacoleira, sabe que do céu
dinheiro não cai
Ô Oliveira, vê mais um pastel
e um trago pro pai
A sacoleira, sabe que não cai
dinheiro na mão
A tarde inteira, gente chega e vai
ciranda e arrastão
A sacoleira sabe que do céu
dinheiro não cai... cai cai cai cai cai balão
Domingo de manhã, foi,
eu fui à feira procurar um agrado
para o meu amor
é, sabe cumé
E procurando eu acho
um par de brincos bem do azul que ela adora
lá no peruano
tem, eu faço fé
Tem gente que encomendou
muamba do Paraguai
migrante do interior
olha Seu Agenor
"são 3 por 1, a tia quer levar caqui?"
A sacoleira sabe que não cai
dinheiro do céu
A tarde inteira, gente se distrai,
ou passa o chapéu (vou te contar...)
Quando eu tava lá, ih,
veio menino mendigando bocado
tava sem trocado
diz que Deus dará
E também Tião, sô
já pôs na banca a cotação da laranja
"vá ver se arranja,
pede, pra anotá"
Tem moça que se aprontou
barraco que já desceu
peão come a bóia fria
ouve Dona Maria:
"é promoção" mas deixa pra comprar depois...
A sacoleira sabe que não cai
dinheiro do céu
A tarde inteira, gente se distrai,
ou passa o chapéu (vou te contar...)
E se você for, lá
vai ver Joana vender pé-de-moleque
para a gurizada
bala e picolé
Mais um bate bola,
Aparecida com sorriso levado,
descompromissado
Beto, ficou chué
Tem nêgo ficando puto
morenas do viaduto
o Zé tá guardando a vaga:
"hoje é hora paga"
"vai te catá" "não vou deixar barato, não"
A sacoleira, sabe que do céu
dinheiro não cai
Ô Oliveira, vê mais um pastel
e um trago pro pai
A sacoleira, sabe que não cai
dinheiro na mão
A tarde inteira, gente chega e vai
ciranda e arrastão
A sacoleira sabe que do céu
dinheiro não cai... cai cai cai cai cai balão
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