A parceria entre Paul McCartney e Stevie Wonder, reavidada agora no novo álbum do primeiro (ver matéria), rendeu o marcante hino anti-racista Ebony and Ivory, há 30 anos. Bela faixa que fecha o lado B de Tug of War, um dos melhores discos da carreiro solo de McCartney, tem como uma de suas particularidades o fato de que tudo na gravação foi executado pelos dois (Paul canta, toca baixo, guitarra, percussão, piano e sintetizadores; Stevie canta, toca piano elétrico, sintetizadores, bateria e percussão). Coisa de músicos com M maíusculo. Foi dessa mesma forma que Paul gravou The ballad of John and Yoko com Lennon em 1969. Lembro de ver o "videoclip" de Ebony and Ivory quando foi lançada em 1982, acredito que seja um dos primeiros de que eu me recorde com nitidez.
Numa entrevista dessas que a gente lê quando está pesquisando e lê absolutamente tudo que possa ter alguma coisa que ver com o que a gente pesquisa, li um comentário do Milton Nascimento sobre essa canção. Ele conta que quando a ouviu pensou na hora "como não pensei nisso?! Ébano e marfim, as teclas do piano juntas, e nós não...". E dessa sensação nasceu Certas canções, parceria dele com Tunai (gravada no mesmo ano no álbum Ânima) que começa assim...
"Certas canções que ouço Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece
Como não fui eu que fiz?"
"Coisa de músicos com M maíusculo". Estirpe rara. Legal demais o vídeo. Vale lembrar também as parcerias do Paul e Michael Jackson. Abraço.
ResponderExcluirÉ Renato, lembro também...mas sou muito mais Steve Wonder!
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